Queria eu ter uma horta…

… agora vou ter duas.

Mas comecemos pelo princípio. Quando transformámos o canteiro das ervas daninhas em canteiro de tomateiros, pimenteiros, alfaces e acelgas, não sabíamos bem no que nos íamos meter. Primeiro, porque comprámos uns tomateiros (cherry, mas já nos disseram que fomos enganados) e eu ainda semeei alguns que pegaram muito bem, mas sem fazer ideia que eles iam ficar, muito rapidamente, do tamanho de palmeiras. Depois, porque a coisa dá trabalho. Não só por causa dos predadores, como também pelo elevado nível de manutenção que um canteiro mini exige: é preciso regar, tirar as ervas daninhas, afastar o gato, afastar o cão, afastar o corvo (espera, é melhor não), colher as alfaces antes que espiguem, fora a ansiedade que me assola se chover torrencialmente, cair granizo, fizer muito calor antes do tempo, fizer pouco calor fora do tempo, e tudo o mais que é alheio à minha vontade e em que dantes nunca pensava.

Os tomateiros deram-nos especialmente que fazer. Foi preciso eu chamar o meu pai para a coisa entrar nos eixos. Por muito que eu puxasse dali e daqui, só conseguia partir alguns ramos e esfrangalhar-me os nervos. Com pouca capacidade de engenho, confesso, telefonei ao papá que se meteu nesse mesmo dia a caminho para construir uma estrutura que, apesar de amadora, foi a solução para as minhas preces. Parece que os tomates vão durar o verão todo, mas para o ano já sei o que tenho de fazer quando voltar a plantar tomates. Senão vejam o antes:

Uma autêntica selva desordenada. Lá debaixo, estão as alfaces e os pimenteiros que, sem apanhar sol, não se conseguem desenvolver.
A minha fraca capacidade de colocar umas canas para… nem vou comentar.
Mas seria uma pena estragar a plantação. Olhem só para eles a rebentar!
O papá chegou. Começa de imediato a projectar um plano.
No fim do dia (sim, isto foi empreitada para umas largas horas), não só tinha uma estrutura apresentável, resistente e bem pensada, como até já vou voltar a ter alface para a salada!

Entretanto, o meu sogro, que passou por ali durante a missão de resgate dos tomateiros, achou que eu podia e devia fazer o mesmo noutro canteiro (cito) cheio de flores que não servem para nada. Assim pensou, logo o fez. Em menos de nada (ainda a estrutura dos tomateiros não estava pronta) estava a chamar-me para eu ver o meu novo espaço de trabalho e foi assim fiquei com a horta 2 à disposição. E, apesar de ficar contente, isto é mais ou menos como ter um cão, para quem tem um gato: dá muito trabalho e é uma prisão. Mas a verdade é que comecei logo a pensar nas favas que vou plantar para o ano…

Posts relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *