Leituras de 2017 #4

11. A Grain of Truth, de Zygmunt Miloszewski

Comprei este livro na Polónia, durante a minha visita a Varsóvia. Foi-me recomendado como sendo um dos nomes incontornáveis da literatura policial polaca. Comprei este em especial para conhecer um pouco melhor a história dos judeus na Polónia, que não é isenta de controvérsia. Levei algum tempo a lê-lo por causa das letrinhas pequenas (decididamente, os livros de bolso são agora para mim como dormir em camaratas em viagem- prefiro pagar mais para ter algum conforto), mas rapidamente me embrenhei na história. Foi bom ter começado a lê-lo assim que cheguei da Polónia – aliás, comecei a lê-lo logo no avião – porque assim consegui entrosar-me melhor nos nomes das personagens (cujos apelidos parecem quase todos iguais devido ao número de consonantes seguidos) e não confundi-los quando apareciam os diminutivos – os polacos têm muito o hábito de tratar as pessoas por diminutivos, muitos deles não sendo exactamente óbvios, como é o caso de Basia, diminutivo de Barbara,  ou Asia, diminutivo de Joana.
Quanto à história, gostei muito e talvez compre outro livro dele quando voltar à Polónia.

12. Escrito na Água, de Paula Hawkins

Raramente compro um livro assim que ele sai, mas como tinha gostado tanto de “A Rapariga no Comboio“, acabei por comprar o novo livro de Paula Hawkins poucas semanas depois de sair. Já soube de quem tenha gostado mais deste do que do primeiro – ele há gostos para tudo, é verdade – mas não foi o meu caso. “Escrito na Água” parece ser o perfeito exemplo de uma escritora que, tendo obtido um retumbante sucesso com o seu primeiro livro, se vê pressionada a superá-lo na obra seguinte, acabando por ficar aquém do que dela é esperado.
O problema deste livro nem é a história em si, que eu achei deprimente e demasiado forçada, ou o facto de a escritora usar o mesmo registo narrativo (a divisão dos capítulos por personagens). É a panóplia de personagens. Há tantas personagens que a autora acaba por não conseguir construir uma base sólida para cada uma delas. As personagens são pobres, meros peões necessários para contar a história de diversas perspectivas, mas debilmente estruturadas. Acaba por haver uma ou outra ponta solta, coisas mal contadas que ficam suspensas no ar quando chegamos à última página.

Ainda assim, não se iludam: dá um bom livro para as férias. Prende quanto baste e não é aborrecido. Só não tenham expectativas demasiado elevadas, como eu tinha.

13. O Meu Nome é Lucy Barton, de Elizabeth Strout

Não sei porque comprei este livro. Acho que queria variar um pouco e apanhei este em promoção. Apesar de o resumo da autora dizer maravilhas da sua obra, não achei este nem mau nem bom. Na verdade, nem sei como defini-lo. Não há propriamente uma história: a protagonista encontra-se internada no hospital e recebe a visita da mãe, com quem sempre teve uma relação difícil. Isto faz com que reflicta na sua vida, na sua relação com a mãe e com os seus próprios filhos. Nada de especial, portanto. Como é curto, lê-se bem, mas está longe de ser um dos melhores que li este ano.

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4 comentários

  1. olá,
    do primeiro autor fiquei interessada e na wook e na fnac tem edições
    em ingles frances e espanhol. e ebooks também
    obrigada,

    Maria Ramos

  2. Impressionante …. é que sabendo que és uma mae super presente, que costuras, que trabalhas, vais a eventos,bloggas , tens wattsupp, instegram e facebook:)! Pergunte-te, como te sobra tempo para leres …. tanto ?!!!
    Bjinho

    1. Ahahah. Leio basicamente à noite. Como não vejo televisão e à noite não me apetece costurar, tento ir mais cedo para a cama e ler até o livro me cair em cima 🙂 Também leio no avião, quando é a vez do Tiago ficar com as meninas ehehe

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