Leituras de 2017 #5

15. O Meu Nome Era Eileen, de Ottessa Moshfegh

Comprei este livro pelo título, a pensar que seria um policial ou thriller americano. Não podia estar mais enganada. Cedo percebi que se tratava, sim, de um romance sobre uma rapariga desajustada da sociedade e do seu tempo (anos 50, 60), mal amada pela família e um pouco neurótica, que trabalha num centro de detenção juvenil. Foi um acaso feliz este de me ter cruzado com a escrita inteligente de Otessa Mosfegh. Gostei muito do livro que me prendeu de uma maneira especial principalmente a partir de meio, quando a protagonista conhece uma rapariga por quem fica obcecada e que a tenta convencer a cometer um crime… afinal, sempre há um crime!

16. Hoje Vai Ser Diferente, de Maria Semple

Ora, aqui está aquele caso típico da debutante de sucesso que se espalha ao comprido no segundo livro. Este livro é uma confusão e a forma cómica como a escritora tenta descrever a protagonista, uma ilustradora com diversos problemas familiares, acaba por ser demasiado forçada e esforçada. Adorei o sei primeiro livro, “Até ao Fim do Mundo”, foi uma lufada de ar fresco para mim na altura, mas este livro chegou a aborrecer-me um pouco. É pena.

17. O Fascinante Mundo da Pele, de Yael Adler

Talvez este livro não devesse estar aqui porque não se insere na categoria da ficção e eu só tenho falado aqui sobre literatura ficcional. Mas decidi incluí-lo no rol dos livros lidos porque:

1 – li-o como se fosse um romance, tal é a forma simples e interessante em que está escrito;

2 – toda a gente o devia ler para aprender mais sobre o maior órgão do nosso corpo que diariamente sujeitamos às maiores tormentas.

Graças a este livro reconheci que a minha verruga plantar afinal não vinha e voltava, mas sempre cá esteve e tem de ser levada a sério; que não vale a pena pôr cremes anti-celulite porque, para fazerem efeito, esse tipo de cremes tinha de penetrar na camada 2 da pele, a derme,  e não consegue; que usar cotonetes faz mesmo muito mal e não só ao ambiente; que devemos usar o menor número de cosméticos possível e que afinal não vou fazer tatuagem nenhuma. Entre muitas outras coisas. Recomendo vivamente.

A única coisa que falha, a meu ver, é a ausência de destaques nos conselhos e dicas úteis para o dia a dia. Se quisermos usá-lo como livro de consulta para reconhecer certos problemas de pele, por exemplo, torna-se mais difícil encontrar a passagem certa numa série de parágrafos corridos do que se tivesse algumas passagens ou palavras assinaladas a negrito ou a outra cor.

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