Leituras de 2017 #8

24. As Avenidas Periféricas, de Patrick Modiano

Patrick Modiano foi Prémio Nobel da Literatura em 2014, ano em que este livro me foi dado. Confesso que só peguei nele porque era curto e eu queria cumprir o meu desafio de leitura de 24 livros num ano. Não gostei muito, para ser boazinha. Achei a escrita mediana e o enredo totalmente disparatado. Um filho (spoiler) que sofre uma tentativa de homicídio pelo próprio pai e que, mesmo assim, parte à procura dele? Um pai que reencontra o seu filho, mas que não o reconhece? Poderia ser o drama perfeito, mas achei um perfeito desperdício de tempo.

25. Da Mão para a Boca, de Paul Auster

O mesmo já não se pode dizer deste livro. Sim, também peguei nele por ser curto e me permitir cumprir o meu desafio (li alguns livros com mais de 500 páginas e deixei um livro a meio, o que justifica esta pequena batotice), mas Paul Auster é um excelente contador de histórias e em Da Mão Para a Boca relata-nos a sua própria história antes de ser um escritor famoso, plena de peripécias e dificuldades, das quais se vai desenvencilhando com relativa delicadeza, o que só nos faz gostar mais dele.

26. Os Últimos Dias dos Nossos Pais, de Joël Dicker

Quando comecei a ler este livro, tive dúvidas se me teria enganado. Não parecia ser a mesma escrita elegante e entusiasmante de A verdade sobre o caso Harry Quebert ou O Livro dos Baltimore. De facto, o tema nada tem a ver.  Mas o facto de este ter sido o seu primeiro livro, antes das suas obras-primas, justifica o que vou dizer a seguir: Os últimos dias dos nossos pais é um livro ingénuo, com frases infantis e descrições que parecem ter sido retiradas de um livro juvenil. Se nos abstrairmos disto, a coisa até vai. Mas, ainda assim, não consegui livrar-me de um sentimento de desilusão ao longo da leitura. A parte boa é que Dicker se conseguiu afastar deste registo e escrever duas obras esplêndidas a seguir. Valha-nos isso.

E foi assim que, a uma semana do final do ano, consegui cumprir o meu desafio de leitura para 2017: 24 livros. Quem tiver o Goodreads, pode ver todos os livros aqui. Para o ano vou aumentar ligeiramente este número. Quero ler alguns livros com 500 e 600 páginas e alguns clássicos de leitura mais demorada, mas estou bem lançada, por isso acho que não me vou deixar ficar mal.
E vocês, quais são as vossas aspirações em termos de leitura para o próximo ano?

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