Nunca é tarde para nos desafiarmos

Não venho aqui há algum tempo. Bom, não é verdade. Tenho vindo, abro o painel para escrever um post novo, mas não sai nada. Não se trata de writer’s block, mas sim de não saber por onde começar. Primeiro, estive uma semana num retiro budista de meditação e mindfulness e, quando cheguei, levei algum tempo a pôr as ideias em ordem e a reencontrar o meu lugar. Um retiro destes, ou talvez qualquer tipo de retiro, pois nunca tinha feito um, transforma-nos inevitavelmente de alguma forma, mesmo que não nos faça ver a luz, como costumo dizer. Depois disso, andei ocupada com a horta, com o trabalho e, no meio disto tudo, ainda decidi concorrer a um concurso literário. Talvez por isso, por ter canalizado todas as energias na escrita do conto, não arranjei força ou inspiração para escrever sobre a minha vida. Mas, garanto-vos, estou viva e de boa saúde. Tenho uma nova rotina de meditação, encontrei um grupo de meditação que se reúne semanalmente e que me permitiu conhecer novas pessoas muito inspiradoras, tenho trabalhado na horta todos os dias, o que me dá uma sensação de paz incrível (apesar dos gafanhotos que por lá andam, que já não me incomodam como dantes) e a participação no concurso trouxe à superfície um sentimento maravilhoso de superação, de conquista de um sonho de há muito tempo, da certeza de que nunca é tarde para nos desafiarmos. Não tenho quaisquer ilusões de ganhar, acreditem. Mas só o facto de ter concorrido, de ter conseguido escrever um conto que me agradou, do princípio ao fim, para mim significa que já ganhei. E o resto é conversa.

Posts relacionados

1 comentário

  1. A horta é outro retiro:)… a poucos metros de casa!
    Ganhes ou não ganhes vais contá-lo aos Magos :)… e as mais velhas :)!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *