Às quartas na net#3

Guardo, para pôr nesta rubrica, artigos que vou lendo e acho interessantes, mas depois chega quarta e a minha cabeça esquece-se. Não vos querendo maçar com uma avalanche de links, deixo-vos apenas com alguns dos que fui guardando ao longo dos últimos meses, numa ordem de temas e importância completamente aleatória.

  • Uma exposição sobre mulheres que gostam de livros e de como eu acho extremamente difícil escolher um só livro que tenha mudado a minha vida. Tenho vários, para cada fase, para cada ciclo, para cada cidade, para cada casa em que vivi… Um top 10, mas só um não.
  • Como uma dermatologista alemã (mas respirem fundo, que o texto está em português) diz aquilo que eu já venho pensando há algum tempo (sim, eu é que a sei toda): o uso excessivo de cosméticos causa problemas de pele. E as tatuagens são só das piores coisas que podemos fazer à nossa pele… o que é pena, porque eu até andava a pensar fazer uma…
  • Para contrariar aquelas pessoas que acham que nós, os tradutores, temos um dicionário na cabeça, este artigo explica bem que os tradutores estão longe de ser dicionários andantes, são apenas pessoas que percebem melhor como funcionam as línguas e têm um domínio superior, relativamente às outras, de duas ou mais línguas. Por isso, da próxima vez que me falhar um sinónimo, give me a break, will you?
  • Por falar em línguas, um artigo em inglês sobre berlinenses que escolheram uma vida frugal. Um casal que deixou uma vida promissora na cidade para se mudar para o campo. Um homem reformado que vendeu tudo e resumiu os seus pertences a 50 objectos. Um homem que também vendeu tudo e vai vivendo por aí, onde calha e em sítios que o inspiram. E uma mulher que, depois de ler o livro da Bea Johnson, decidiu abrir a primeira loja 100% dedicada ao granel em Berlim. Deixem-se inspirar.
  • Sempre quis fazer um projecto destes: uma manta de retalhos que combina retalhos em tecido com croché. Será o projecto ideal para o Verão?
Foto retirada daqui.
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Às quartas na net#2

A partir de hoje, vou deixar o trabalho no escritório. Vou deixar de espreitar o e-mail a cada 20 minutos, de responder àquele pedido no meio do supermercado ou de mandar um orçamento enquanto elas tomam banho. Já chega de andar sempre com o trabalho às costas. Chego a casa e faço coisas da casa. Estou com a família. Dedico-me aos meus hobbies. Leio (ando mesmo viciada nos livros da Elena Ferrante), cozinho, quero recomeçar as costuras, e se pegar no computador que seja só para pagar a conta da água ou escrever um post como agora. No entanto, e porque A História do Novo Nome está a chamar desesperadamente por mim, não é ainda hoje que vos vou falar do meu novo escritório e de como (e porquê) decidi separar o trabalho de casa. Calha ser quarta e eu ter alguns links para vos sugerir.

  • Mudar de vida nem sempre passa por tomar medidas drásticas, como mudar de emprego, de casa, de país. Muitas vezes, está apenas em mudar a forma como vemos as coisas ou como nos deixamos afectar por elas. Parece mais fácil do que é, asseguro-vos, ainda assim ler artigos como este faz-me crer que é mesmo possível.
  • Um pouco mais pessimista, um estudo sobre o número de vezes que temos de usar um saco reutilizável (acho que se referem àqueles de plástico reforçado que vendem nos supermercados) para que seja considerado ecológico. Moral da história: não vale a pena comprarem um saco reutilizável de cada vez que vão ao supermercado porque se esqueceram do vosso. Nesse caso, a diferença para o ambiente é praticamente nula. O que conta é levar sempre um saquinho na mala e mudar totalmente a nossa relação com os sacos de plástico, a ponto de comprar sacos reutilizáveis não ser a norma, mas sim a rara excepção.
  • Continuando na senda ecológica, a Moda Lisboa também já começa a dizer não ao desperdício. A prová-lo está esta nova iniciativa de troca de roupas a decorrer no fim-de-semana de 11 e 12 de Março.

E agora, perdoem-me, mas tenho encontro marcado com a Ferrante.

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Às quartas na net #1 (de 2017)

(Ao quarto dia, a vida já retomou o seu ciclo normal. Já quase nos esquecemos da farra na noite de dia 31 e, daqui a nada, também das resoluções que fizemos para o novo ano. A Alice não está a gostar nada de ter de voltar à escola, embora a Inês tenha encarado o fim das férias com normalidade. Nós, os adultos, regressámos ao trabalho, ainda que a meio gás para mim (Janeiro custa a arrancar no meu ramo), sendo que aproveito para atar umas pontas soltas do ano passado: a reclamação à operadora de televisão, o texto para a Aptrad, uma encomenda retida na alfândega, o tubo mal vedado do esquentador. De manhã, faço sumos verdes para os crescidos (maçã, pepino, aipo, espinafres, banana e abacate) para ajudar o corpo a fazer o seu trabalho, o preguiçoso que ainda não quis regressar ao ginásio. Felizmente a tosse está a passar.)

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Às quartas na net

Tenho andado com muito trabalho, sem tempo ou paciência. Isto de o mês de Dezembro ser um mês de paz e reflexão era bonito se o (meu) trabalho não apertasse sempre nesta altura e não fosse um mês recheado de eventos e afazeres. Além disso, tenho sono. Ou falta dele, ainda não percebi bem.
Mas ainda bem que é quarta.

  • Depois de ter terminado um pequeno livro de Murakami, com ilustrações maravilhosas chamado “Sono” que tão bem descreve aquilo que tenho sentido nos últimos tempos, peguei logo noutro do mesmo autor que me deram pelo Natal há uns anos: o 1Q84. Já tive a minha fase Murakami, em que devorava livros do autor de forma sucessiva e compulsiva, depois parei. Agora, ao iniciar o primeiro de três volumes (e a sentir-me já agarrada), dou por aberta a “Fase Murakami 2”. Aqui ficam 15 curiosidades sobre o autor e a maravilhosa crónica da sua tradutora portuguesa, Maria João Lourenço (quando for grande, quero ser como ela!)
  • Um vídeo com uma maneira deliciosa de ensinar as crianças a vestir os pesados casacos de Inverno. A testar cá em casa!
  • Para refrear um pouco o consumismo exacerbado que se vive nesta altura (de paz e reflexão blá blá) e a mania de oferecer mundos e fundos às crianças, um artigo, em espanhol, sobre a forma como os brinquedos em excesso anestesiam as crianças e a regra dos 4 presentes.
  • Esta receita já é antiga, embora nunca a tenha feito. Mas como estamos na altura deles e cá em casa adoramos dióspiros (os adultos, pelo menos), fui repescá-la: dióspiros com queijo de cabra e salva. Exótico?
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Calendário do Advento 2016

Se quisermos ser precisos, o Advento começou no domingo passado, mas o calendário do Advento só se abre no dia 1 – já amanhã! Este ano decidi que queria fugir ao hábito de encher o calendário, alternadamente, com apenas chocolates e prendinhas (aka tralha) como nos outros anos. A avó ofereceu-lhes um calendário de chocolates a cada uma, por isso não vou pôr nenhum doce no nosso calendário de família. Como não temos ainda nenhum presépio (a não ser uma figurinhas tipo matrioska que comprei há uns anos), lembrei-me de procurar no OLX por presépios usados da Lego ou da Playmobil. Encontrei este e comprei-o, não necessariamente pelo melhor preço do mundo, mas eu sou péssima a negociar…

Assim, todos os dias vão ter uma ou duas figurinhas para irem construindo o presépio aos poucos até ao dia de Natal. E assim ficamos com um presépio que também serve para brincar ao longo do ano!

Mas há imensas ideias na net que podem usar para o vosso calendário do Advento e que não tem necessariamente de passar por doces ou bonecada! Vejam este Trasgo cheio de desafios para a família. Ou estas ideias da Pumpkin de actividades giras para os miúdos.

Bom, confesso que isto de todos os dias ter coisas super giras para fazer e criar e inventar que envolvam uma doses extra de criatividade e energia depois de um extenuante dia de trabalho, durante 24 dias de um mês que, já de si é cansativo (jantares de Natal, encontros de Natal, prendas de Natal, amigos imigrantes que nos visitam nesta altura, anos da Inês, anos do pai, noite de Natal…), não é coisa que me faça esfregar as mãos de contente. Aliás, fico cansada só de ler algumas destas actividades. Se fosse eu – e se não tivesse tido a feliz ideia do presépio – este ano fazia algo do género de coisas que escrevo nos Quantos-Queres da Inês:

  • Fazer uma rima
  • Saltar dez vezes ao pé coxinho
  • Dizer o nome de 5 animais aquáticos
  • Cantar uma canção
  • Inventar uma dança (coreografia rápida de dez segundos)
  • E outras coisas simples que divirtam os miúdos com menos de 6 anos e não cansem muito a mãe.

 

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