Istambul

Escrevo-vos de Istambul, uma cidade sobre a qual não tinha quaisquer ideias pré-concebidas, mas que mesmo assim me está a surpreender, o que não sei se faz sentido.

Os dias que antecederam a viagem foram confusos. Por um lado, a vontade de sair em casal, pela primeira vez desde a pandemia; por outro lado, a dificuldade de deixar as minhas filhas pela primeira vez desde a pandemia. A Alice é quem nos deixa mais apreensivos. É uma criança para quem a família é o pilar que a sustenta e que, quando um de nós está fora, todo o equilíbrio se perde, quanto mais dois. Dizem-me que esta distância lhe faz bem. Que precisa de perceber que nós voltamos e que nada mudou. Forço-me a acreditar que sim, que é mesmo isso.

Istambul talvez seja o sítio ideal para acreditar que tudo está bem. Impossível não nos sentirmos numa espécie de limbo mágico quando se está num sítio em que a Europa e a Ásia se encontram constantemente em perfeita sintonia. Estou a achar isto fabuloso.

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Do País Basco ao Minho, por cores – castanho

Antes que a memória do meu telefone comece a ficar cheia com outras fotografias, fica aqui a última parte do relato cromático das nossas férias.

De cima para baixo: Gaztelugatxe, no País Basco; a Catedral e a Calle de la Rua em Oviedo; um carrossel artesanal algures pelo caminho asturiano; jogatana em noite de chuva; a casa do Minho, segundo Alice.

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Do País Basco ao Minho por cores – azul

Regressada da breve viagem pelo norte de Espanha, tinha à minha espera o livro Conscious Creativity da Philippa Stanton, cujo trabalho sigo há algum tempo. Fiquei fascinada com a secção sobre a cor e percebi, ao revisitar as fotografias que fui tirando ao longo destes dez dias, que a nossa viagem se pode agrupar por 2 ou 3 cores. Então, ao invés de fazer um relato aborrecido sobre o que vimos e fizemos (e adiar eternamente a redacção desse relato, porque a vida vai acontecendo e já me apetece falar sobre outras coisas), decidi fazer um relato cromático das nossas férias – saltando Bilbao de que já falei antes.

Não pensem que é preguiça. Chamemos-lhe antes um exercício criativo! Vou começar pelo azul.

Fotos não editadas, por ordem: San Juan de Gaztelugatxe, no País Basco, Praya del Barro, na Cantábria, Oviedo, nas Astúrias, Lugo, na Galiza, e o rio Minho, já na margem portuguesa.

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No País Basco

Nos primeiros quatro dias das nossas férias, fomos a um casamento luso-basco-macaense, bebemos Txakoli, o vinho típico desta zona, leve e seco, vimos um cão gigante feito de flores e passámos por baixo de uma aranha de dimensões armagedónicas, atravessámos uma ponte suspensa, fomos visitar Gatzelugatxe, o famoso Dragonstone do Game of Thrones, a quem não reconhecer das fotografias, onde fizemos uma valente caminhada sem levar ninguém ao colo, e ficámos a dormir num palácio rodeado de verde, onde a noite ainda é das corujas.

Os bascos são o povo com mais má vontade que conheço, fica a nota se visitarem a região: eles fazem-vos um favor ao servir-vos, não peçam nada extra se o puderem evitar e quando a cozinha fecha, fecha, e é uma sorte se não vos revirarem os olhos.

As miúdas estão a aguentar-se bastante bem, não fosse isto de viajar com amigos maior distração do que o Disney Junior.

A viagem segue para a Cantábria, onde nos esperam umas grutas do tempo do Paleolítico, antes de passarmos aos Picos da Europa.

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