A rotina vai ter de esperar

No outro dia, dizia a um amigo que gostava da minha rotina. Isto parece parvo de se dizer, sendo comum acusar a rotina de destruir paixões e o gosto pela vida, mas no meu caso é diferente. Eu gosto da minha rotina porque gosto da minha vida e, logo, sou feliz nela e preciso dela para manter algum equilíbrio mental. Acresce também que dizem que o meu signo faz com que seja uma daquelas pessoas que se sentem perdidas na ausência ou frustração de planos. Nestas férias senti-me assim, especialmente porque passei o mês à espera das férias sem saber se as ia ter. Quis o acaso que assim fosse este ano. Mas acabámos por ter uns merecidos dias de descanso em família que, sendo poucos, foram talvez aquilo de que eu precisava.

Pelo meio, fomos fazendo muita coisa diferente do habitual, numa espécie de staycation, como dizem os americanos, em que privilegiámos as caminhadas e os passeios em família por Lisboa. Fomos à Feira da Ladra, fomos ao MATT e à exposição Van Gogh Alive, passeámos de veleiro no meio do Tejo, fomos ao cinema, fizemos programas com as amigas das nossas filhas (bem-dito carro de 7 lugares!) e ainda descemos ao Algarve, para mergulhos em água mais quentinha e escorregadelas no parque aquático. Agora, estamos de volta, mas ainda antes de estarmos mesmo de volta (isto é, antes de a escola começar, que hoje em dia já só gira tudo à volta do calendário escolar), ainda temos um fim-de-semana inteiro de Avante seguido de uns dias em Berlim: só eu e ela. Preparo-me para a viagem a ler blogues como este e digo à rotina: ainda vais ter ainda de esperar.

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