Natureza e vida selvagem: as mães vão à praia com os filhos

Férias mesmo antes dos fim das férias. 5 dias no Algarve passados entre praia, piscina e parques aquáticos. As miúdas ganharam guelras, nós não tivemos um minuto de descanso.

Já passámos por várias fases de férias na praia desde que temos filhas: a praia com bebés, que passa invariavelmente por evitar que apanhem sol e/ou que caiam à água e/ou que comam demasiada areia; a praia entre os 2 e os 3 anos, que é praticamente andar atrás delas o tempo todo e evitar que nos apanhem distraídos e a) sejam apanhadas por uma onda, b) sejam bicadas por uma gaivota ou c) façam cocó na areia, no mar ou na toalha de alguém; entre os 4 e os 6 anos é a fase melhor, pois já brincam sozinhas, fazem muitos castelos na areia – sozinhas – e, por vezes, nem querem ir ao banho porque há algas e coisas nojentas, por isso mantêm-se a brincar à sombra… sozinhas. Aqui a mãe consegue finalmente deitar-se na toalha por mais de 20 minutos e fazer coisas impensáveis como ler. O pai às vezes manda bocas, mas o livro está tão bom, que a mãe quase que nem ouve. A partir dos 7 anos há toda uma actividade física inerente a uma ida à praia: depois de 45 minutos de raquetes, rodas e cambalhotas (aposto que para o ano já há pinos), há um concurso para ver quem consegue aguentar mais batidas de raquete. Neste ponto, a mãe já só pensa numa toalha esticadinha e sem areia, mas ainda tem de ir participar num concurso de mergulhos e medições aleatórias para ver quem é que ainda tem pé onde. A mãe começa a avisar que está cansada e gostava de ir para a toalha, mas é agarrada por dois polvos que não a deixam sair do sítio e ameaçam (ocasionalmente também tentam) afogá-la. Felizmente, o pai (que devia estar a ler escondido atrás de uma rocha) chega nesta altura com as pranchas de bodyboard. A mãe aproveita a deixa e escapule-se para a toalha, correndo literalmente para o posto de segurança com a desculpa de ter de ficar alerta para a passagem da senhora das bolas de Berlim. Atira-se para a toalha, apanha um pouco de sol, mas nem 10 minutos passam antes de ouvir uma vozinha lá ao fundo que grita: “Mãe, anda, já estás seca há muito tempo!”

Nesta altura, já só a senhora das bolas de Berlim é que a pode salvar, mas nem sempre tem sorte.

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