A cena dos livros

Tinha estabelecido, no início do ano, o desafio de não comprar livros durante um ano. Fiz um post pomposo no Facebook a convidar amigos para me emprestarem livros e resisti heroicamente à tentação de comprar livros durante cinco meses inteiros (e, até à data, já li treze livros nestes moldes). Depois, veio a Feira do Livro. Fui lá duas vezes, o que parece uma estupidez, pensarão vocês (e terei pensado eu, a dada altura), visto que ir à Feira do Livro, gostando de ler, mas não poder comprar livros é o mesmo que ir a uma prova de vinhos grávida ou ir fazer um workshop de chocolate em dieta. Haveria muitos mais exemplos, mas já deu para perceber o grau de masoquismo. Eu achei que ia resistir, mas depois vi alguns livros que a biblioteca de Sesimbra não tem e que nunca há na livraria do Seixal e, pimbas, comprei-os. Ainda por cima, estavam a bom preço. Ainda me senti uma fraude durante uns segundos, mas depois pensei: ora, se eu morrer no final do ano, vou arrepender-me mais de me ter mantido fiel ao meu desafio ou de não ter lido os livros da minha lista? O desafio continua, mas não é preciso sermos rígidos. Além disso, depois de ler os meus livros novos, é provável que os doe à biblioteca. Acho que isto me escusa de penitência.

Sendo o último livro de carácter mais “técnico”, tinha-me autorizado a trazê-lo, por isso não conta…

 

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1 comentário

  1. Ainda bem que a Feira do Livro aqui no Porto é só em Setembro! depois da férias já não me desgraço tanto, já venho desgraçada das férias. 😦 🙂
    Bjs

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