Pirilampos

 

Na era do instantâneo, ir ver pirilampos é a melhor forma de regressar ao “antigamente”. Além de o lusco-fusco ser a melhor hora para os avistar, é completamente inglório tentar tirar uma foto àquelas luzes minúsculas intermitentes. E depois, mesmo que teimem em tentar, vão desistir, porque ver um pirilampo é como entrar numa redoma onde o tempo passa a uma velocidade própria (ou pára?) e nada mais importa. Por isso, o melhor é mesmo guardar o telefone e simplesmente estar.

Na semana que passou, fomos vê-los três vezes com as miúdas, em safari autónomo, a um certo sítio que só nós é que sabemos. Desde que moramos aqui, este foi o primeiro ano em que nos lembrámos a tempo, por isso ainda conseguimos avistar uns quantos de cada vez. É assim bastante mágico, é como voltar a ser criança e acreditar que há uma espécie de mundo paralelo em curso enquanto seguimos um pirilampo com o olhar, com atenção plena. Acho que é esse o efeito da Natureza, quando a deixamos acontecer.

(gostava muito de conseguir atrair pirilampos para a horta, mas parece-me bastante impossível)

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