Caixinha dos comprimidos

Há coisas sobre os nossos pais de que só nos apercebemos quando já não vivemos com eles há bastante tempo e vamos dormir lá a casa. Por exemplo, que ainda guardam a mania de cortar as embalagens de desodorizante quando já só falta aquele restinho que não sai pelo orifício e, para evitar a entrada de ar, para não ressequir, os taparem com molas da roupa. Não sei se consigo explicar bem isto, acho que são daquelas coisas que só vistas.

Ou então, talvez mais fácil de visualizar, que têm, cada um, uma caixa de medicamentos que permite planear as tomas da semana inteira, com profundidade para até 10 comprimidos por compartimento (pequeno-almoço, almoço, lanche, noite, de segunda a domingo), mas com compartimentos tão estreitos que é preciso uma pinça (e muita paciência) para tirar os comprimidos de lá.

E, com isto, descobri que a minha mãe toma 4 comprimidos em jejum e 9 ao pequeno-almoço. Tive medo de perguntar com era o resto do dia.

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