Agora, o verde.
Primeiras quatro fotografias: os Picos da Europa. De seguida, o banco da Mafalda, em Oviedo. A foz na fronteira entre as Astúrias e a Galiza, e depois a ecopista que liga Valença do Minho a Vila Nova de Cerveira.
Agora, o verde.
Primeiras quatro fotografias: os Picos da Europa. De seguida, o banco da Mafalda, em Oviedo. A foz na fronteira entre as Astúrias e a Galiza, e depois a ecopista que liga Valença do Minho a Vila Nova de Cerveira.
Não pensem que é preguiça. Chamemos-lhe antes um exercício criativo! Vou começar pelo azul.
Fotos não editadas, por ordem: San Juan de Gaztelugatxe, no País Basco, Praya del Barro, na Cantábria, Oviedo, nas Astúrias, Lugo, na Galiza, e o rio Minho, já na margem portuguesa.
Nos primeiros quatro dias das nossas férias, fomos a um casamento luso-basco-macaense, bebemos Txakoli, o vinho típico desta zona, leve e seco, vimos um cão gigante feito de flores e passámos por baixo de uma aranha de dimensões armagedónicas, atravessámos uma ponte suspensa, fomos visitar Gatzelugatxe, o famoso Dragonstone do Game of Thrones, a quem não reconhecer das fotografias, onde fizemos uma valente caminhada sem levar ninguém ao colo, e ficámos a dormir num palácio rodeado de verde, onde a noite ainda é das corujas.
Os bascos são o povo com mais má vontade que conheço, fica a nota se visitarem a região: eles fazem-vos um favor ao servir-vos, não peçam nada extra se o puderem evitar e quando a cozinha fecha, fecha, e é uma sorte se não vos revirarem os olhos.
As miúdas estão a aguentar-se bastante bem, não fosse isto de viajar com amigos maior distração do que o Disney Junior.
A viagem segue para a Cantábria, onde nos esperam umas grutas do tempo do Paleolítico, antes de passarmos aos Picos da Europa.
Não gosto muito de casamentos, confesso. Chateiam-me as roupas, os sapatos, o cabelo, a prenda, o protocolo, a cerimónia. Se pudesse escolher, iria só àquelas celebrações informais, em casa, na praia ou no civil, sem sessões fotográficas intermináveis nem menu de 5 pratos. Aquelas festas em que os próprios noivos se põem a arrumar a loiça no final da festa, uma das imagens que nunca esquecerei, compromisso para a vida, na saúde e na doença, no bom e no mau, no limpo e no sujo, estamos juntos nisto.
Ainda assim, este ano, as nossas férias começam com um casamento. Um daqueles resultados da globalização, ela basca, nome impronunciável, ele português a viver em Macau, cerimónia para os lados de Bilbao. Aproveitamos a deixa e planeamos uma road trip para o regresso. Para as miúdas, ir a Espanha ainda é como ir para um continente diferente. Desta vez prometo não lhes dar nenhum sermão quando se queixarem, pela enésima vez, que estão cansadas ou que não gostam da comida. Porque com a vossa idade, eu só ia para Quarteira. Sabem qual foi a primeira vez a que saí de Portugal, sabem? Prometo.
Comigo levo este livro que está a ser tão (expectavelmente) bom, que estou a tentar adiar o seu fim ao máximo, – e o alívio de ter abandonado o Facebook durante um mês. Alívio de não ser bombardeada com notícias tristes e catastróficas sobre o fim do mundo, a maldade humana, o aquecimento global. Claro que podia simplesmente resistir à tentação de abrir a aplicação, mas, sinceramente, acho que o mundo sobrevive um mês sem sessão iniciada.
Agora, férias.
Desde que entrei na Maria Modista de Almada para fazer a saia, não me apeteceu sair. De todas as casas onde já aprendi a costurar, esta e a Retrosaria são onde me sinto mesmo bem: ninguém goza com os meus erros, ninguém embirra comigo porque cosi o fechado do lado direito, não demoro dois meses a fazer uma saia (tudo coisas que já me aconteceram noutras aulas de costura…), conheço pessoas interessantes e inspiradoras e, nesta última, ainda tenho vista para o rio. Por isso, decidi manter as aulas semanais. Exige alguns esforços: monetário, de organização, gestão do tempo e do stress, mas as três horas que lá passo sabem-me lindamente e, além disso, são sempre super produtivas graças aos conselhos e experiência das professoras. Depois da saia, já: